Projeto

Comunicar & Incluir - o projeto

O Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (AECS) é uma estrutura pública, que tem como missão, para 2013/2017, criar uma Escola cujos pontos fortes assentem numa educação de excelência fundamentada na sustentabilidade. Tendo por base princípios democráticos, a construção de uma escola para todos foi, é e será uma prioridade deste Agrupamento, respeitando as diferenças individuais e potenciando oportunidades adequadas a cada um, no respeito pela escola pública e inclusiva. O Centro de Recursos TIC para a Educação Especial de Coimbra (CRTIC Coimbra) é um dos 25 Centros de Recursos TIC para a Educação Especial (CRTIC) - criados pelo Ministério de Educação - cuja atividade se iniciou no ano letivo de 2007-08. Está sedeado no Agrupamento de Escolas Coimbra Sul, mais especificamente na Escola E.B. 2,3 Dr.ª Maria Alice Gouveia, Coimbra.

O Ministério da Educação e os respetivos Agrupamentos de Escolas onde os CRTIC se encontram sedeados definiram os territórios da área de abrangência de cada Centro. Deste modo, visto o CRTIC Coimbra se localizar na região centro, exerce a sua atividade numa vasta área, concretamente nos municípios das seguintes sub-regiões: sub-região do Baixo Mondego Cantanhede, Mealhada, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Penacova; sub-região do Pinhal Interior Norte - Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Penela e Vila Nova de Poiares; sub-região Baixo Vouga – Anadia.

Como atividades nucleares destes Centros, destacam-se:

- Avaliação de alunos com necessidades educativas especiais (NEE) de caráter permanente, para efeitos de utilização de tecnologias de apoio.

- Monitorização da intervenção relativa aos alunos apoiados.

- Formação, informação e sensibilização aos docentes, outros profissionais (saúde…), assistentes operacionais e familiares de crianças com NEE sobre as váriasproblemáticas inerentes aos diferentes domínios de deficiência ou incapacidade e levantamento de soluções capazes de promover/facilitar a inclusão. Sempre que seconsidere relevante, e atendendo à evolução da tecnologia, as sessões serão feitas com entidades especializadas.

- Divulgação da atividade e dos meios do CRTIC junto das escolas da área de abrangência e da comunidade envolvente.

- Produção de materiais (baixa tecnologia/ formato multimédia).

- Acompanhamento de alunos que usam o sistema de videoconferência ou outros sistemas similares, por estarem privados, por motivos de saúde, de se deslocar à escola.

- Articulação com os Centros de Formação dos Agrupamentos de Escolas da zona de abrangência do CRTIC para a promoção de formação acreditada nas áreas de especialização da Educação Especial, dirigida a docentes, pais, técnicos e assistentes operacionais.

- Colaboração em projetos nacionais/internacionais do AECS

No que respeita à sensibilização e à prestação de informação e formação, um dos papéis preponderantes desempenhado pelos CRTIC é o de informar a comunidade educativa e, em particular, os que mais diretamente estão envolvidos no apoio aos alunos com NEE de caráter permanente, sobre as soluções tecnológicas e metodológicas adequadas a cada caso.

As sessões públicas de sensibilização e informação, em parceria com entidades especializadas, junto da comunidade educativa (docentes, pessoal de ação educativa, pessoal técnico/terapêutico e famílias), revelam-se extremamente importantes para se alcançar um conhecimento mais aprofundado sobre as problemáticas destes alunos e encontrar soluções possíveis de os ajudar a conseguirem uma inclusão mais efetiva.

Deste modo, o projeto que ora se apresenta consiste no desenvolvimento de ações de sensibilização e de formação na área da comunicação, dirigidas a pais, docentes, técnicos (terapeutas, psicólogos) assistentes operacionais, entre outros intervenientes no processo de ensino-aprendizagem de alunos com NEE de caráter permanente. Com este conjunto de ações, que conta com parceiros experientes, pretende-se dotar os formandos de conhecimentos na área da comunicação acessível, bem como na sua capacitação para a produção e utilização de recursos nessa mesma área, que facilitem e promovam a inclusão deste tipo de alunos, em diferentes contextos (escola/casa/sociedade).

No sentido de se atingir outros públicos e não apenas confinar o conhecimento e os recursos produzidos, no âmbito deste projeto, aos formandos, os mesmos serão divulgados online, através da criação de um e-portefólio e da publicação de uma brochura – “Diário de Formação”. Pretende-se, deste modo, compilar alguns conteúdos e materiais produzidos (ex. grelhas de comunicação acessível, histórias sociais, roteiros de atividades...,) e dá-los a conhecer a uma comunidade alargada, a saber: estabelecimentos de ensino da área de abrangência do CRTIC Coimbra e os 24 Centros de Recursos TIC, pertencentes a uma rede nacional, que se encontram espalhados, estrategicamente, de norte a sul do país.

Plano de Formação

Descrição e cronograma das ações a desenvolver

O plano de formação foi estruturado para ser executado ao longo de um ano, entre setembro de 2015 e julho de 2016.

As ações a dinamizar procuram ser palco de oportunidades de aprendizagem, partilha e disseminação de práticas e de conhecimentos, junto de uma população que necessita de constante habilitação/atualização de conhecimentos na área da comunicação acessível.

A concretização deste plano de formação permitirá melhorar a intervenção junto de alunos com NEE, que evidenciam dificuldades de comunicação, respondendo, assim, às necessidades de uma população educadora que, diariamente, lida com este tipo de alunos e, frequentemente, refere apresentar lacunas numa área tão específica mas tão importante na vida de qualquer cidadão, independentemente da sua idade.

Assim, com a implementação deste projeto, pretende-se chegar a uma população diversificada, estimada em 60 docentes, dos quais 40 são do grupo de recrutamento de educação especial.

Por sua vez, a intervenção dos Pais e Encarregados de Educação em ações de sensibilização inovadoras, considera-se de primordial importância, promovendo uma parentalidade mais ativa e preparada. Não descurando o papel da Escola, sabe-se que é, também, através da família que se consegue uma plena eficácia do trabalho desenvolvido pela Escola, muito concretamente no que respeita à Educação Especial. A participação dos Pais e Encarregados de Educação garante uma maior eficácia na intervenção, que se pretende que ocorra, o mais precocemente possível, em áreas como a habilitação de competências e a integração escolar e social.

No sentido de se difundir a informação e promover a aquisição de competências específicas por um maior número de agentes educativos (estimados em 150), serão envolvidas as Associações de Pais das Escolas de Coimbra, contando, para tal, com a dinâmica do Presidente da Comissão Coordenadora da Associação de Pais do AECS.

O pessoal não docente, sejam eles psicólogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, assistentes operacionais, entre outros, revelam-se peças chave na intervenção direta ou indireta relativamente aos alunos com NEE. Deste modo, informar e capacitar estes elementos (30) é outro objetivo que se pretende atingir com o desenvolvimento deste projeto.

Acreditamos que Todos, em conjunto, tornarão a Inclusão mais fácil.

O Plano de Formação, apresentado a financiamento, desenvolver-se-á através da realização das seguintes ações:

Ação 1

- Reunião inicial entre parceiros do projeto - setembro/2015

Ação 2

- Divulgação do projeto – setembro/2015 a setembro/2016

Pretendemos divulgar o projeto pelas seguintes entidades:

- Centro Formação de Agrupamentos de Escolas Minerva (Coimbra)

- Associação de Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Lousã (ARCIL)

- Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (AECS)

- Centros de Recursos TIC para a Educação Especial (25 centros a nível nacional)

- Direção Geral de Educação (DGE)

- Comissão Coordenadora das Comissões de Pais e Encarregados de Educação do AECS

- Associações de Pais do AECS

- Outras Comissões Coordenadoras e Associações de Pais e Encarregados de Educação dos Agrupamentos de Escolas ou Escolas não agrupadas da área de abrangência do CRTIC.

Especificando, o Centro de Formação da Associação de Escolas Minerva promoverá a divulgação de toda a informação no seu sítio web. Por sua vez, o CRTIC Coimbra enviará essa mesma informação aos restantes CRTIC para publicação/divulgação nos seus sítios Web.

Através da sua mailing list fará chegar toda a informação a professores, incluindo os de educação especial, diretores de agrupamento de escola/escolas não agrupadas /outras instituições a fim de chegar a todo o público alvo que o projeto pretende abarcar.

A divulgação ficará, também, a cargo da Associação de Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Lousã (ARCIL), junto do seu público.

Será ainda solicitado à DGE a sua divulgação nos diferentes sítios WEB. Paralelamente a esta divulgação digital ocorrerá o envio, de toda a documentação, por correio, para osAgrupamentos de Escolas da Área de abrangência do CRTIC. Através da Comissão Coordenadora das Associações de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (AECS) serão feitos contactos com as Associações de Pais e Encarregados de Educação do AECS assim como das escolas de Coimbra.

Ação 3

- Reuniões regulares entre parceiros do projeto- setembro/ 2015 a setembro/2016

Ação 3.1

Para cada ação de sensibilização será previamente agendada uma reunião, permitindo, assim, a preparação, a calendarização e a organização das mesmas.

Ação 3.2

Antes do início de cada oficina de formação, os responsáveis reunirão para procederem à articulação de toda a logística (calendarização, organização, material a disponibilizar) imprescindível ao desenvolvimento das referidas oficinas.

Ação 4

- Criação e manutenção de um blogue - setembro/2015 a setembro/2016

O blogue será criado logo que exista material preparado para a publicação. Através do e-portefólio, a equipa responsável terá a possibilidade de ir acompanhando a evolução das ações formativas, visualizar os materiais produzidos e os conteúdos a publicar no “Diário de Formação”, a editar numa fase posterior.

Ação 5

- Organização das ações de sensibilização - setembro/ 2015 a abril/2016

Dada a pertinência destas ações e a vantagem que, por vezes, a descentralização acarreta (por permitir a participação de elementos de outros locais) algumas delas poderão ocorrer noutras sedes de agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas.

Caso se venha a verificar a aprovação do projeto, serão feitos contactos com os diretores de diferentes Agrupamentos de Escolas para a realização de algumas das ações em escolas que reúnam condições para tal e que, geograficamente, sejam locais de interesse.

Ação 6

- Disseminação de informação sobre ações de sensibilização - setembro/2015 a

abril/2016

A divulgação da informação sobre as ações de sensibilização será feita nas reuniões da Comissão Coordenadora de Pais e Encarregados de Educação do AECS, bem como nas reuniõesdas Associações de Pais de cada estabelecimento de ensino pertencente ao AECS. Pretende-se que estas ações sejam divulgadas noutros Agrupamentos de Escolas, sendo utilizada a mesma dinâmica, através de contactos estabelecidos pelo Presidente da Comissão Coordenadora das Comissões de Pais e Encarregados de Educação do AECS.

Ação 7

- Organização das oficinas de formação - setembro/2015 a maio/2016

As oficinas de formação serão organizadas tendo em conta o programa a desenvolver, exigindo articulação entre os diferentes agentes que as dinamizarão.

As inscrições dos formandos ficarão a cargo do Centro de Formação de Agrupamentos de Escolas Minerva, assim como todo o processo de acreditação das ações.

Ação 8

- Disseminação de informação sobre oficinas de formação - setembro/2015 a maio/2016

A divulgação de informação sobre as oficinas de formação será feita de acordo com o descrito na ação 1

Ação 9

- Ação de Sensibilização “Tecnologia e Inovação - Comunicação Acessível em alunos com NEE” Edição I - setembro/ 2015 (Edição I), janeiro de 2016 (Edição II) e abril de

2016 (Edição III)

Numa sociedade cada vez mais tecnológica e que sonha com um “design universal”, a comunicação acessível tem um papel fundamental na inclusão social, na aprendizagem e no desenvolvimento de projetos de vida. Uma comunicação acessível possibilitará, a cada sujeito, desenvolver o seu potencial e utilizar, de forma independente, os recursos que a sociedade lhe disponibiliza.

Nesta sensibilização, dirigida em especial a pais, pretende-se abordar alguns conteúdos ligados à comunicação acessível e mostrar/demonstrar alguma tecnologia que permitirá potenciar/ desenvolver e melhorar a comunicação no dia-a-dia de algumas pessoas.

Ação 10

- Oficina de Formação “Produção e Uso de Recursos para a Comunicação Acessível”

Edição I - outubro de 2015 (Edição I), fevereiro de 2016 (Edição II) e maio de 2016

(Edição III)O design universal é a meta que todos ambicionamos e esperamos que seja alcançada, o mais rapidamente possível. Enquanto envolvidos nesta conquista, vamos adaptando, personalizando, individualizando, já que estamos conscientes que cada ser é único e irrepetível, com formas e maneiras únicas de aprender, de comunicar e de se relacionar. Deste modo, resta-nos contribuir, no atual momento, com esta oficina de formação. Pretendemos levar os formandos a colocar “as mãos na massa”, dando-lhes a conhecer e promovendo a utilização de software gratuito e outro comercializado (ex. Symbol Lab, da “Imagina”) bem como outros equipamentos que permitem a construção de produtos que poderão dar uma resposta “única”, a um sujeito “único”, no que à comunicação diz respeito.

Ação 11

- Elaboração do relatório de monitorização do projeto -março/2016 a abril/2016

Ação 12

- Edição de publicação “Diário de Formação” sobre recursos para a comunicação acessível - setembro de 2016

Ação 13

- Elaboração de Relatório de Avaliação do Projeto - julho/2016 a setembro/2016 Ação 14

- Reunião final entre parceiros do projeto - setembro/2016Página em construção